sábado, 6 de agosto de 2011

Sem nostalgia, "Os Smurfs" deve agradar apenas crianças

Não serão poucos os marmanjos um tanto passados que, afundados até o pescoço em saudade e nostalgia, enfrentarão as filas nos cinemas, de mãos dadas com suas já não tão jovens namoradas, para relembrar suas infâncias e os seus tempos — aqueles onde tudo era melhor — e assistir "Os Smurfs" no cinema. E sairão um pouco desapontados, já que perceberão, adultos e cheios de discernimento, que o filme que estreia neste fim de semana não foi especialmente feito para eles, mas sim para os seus sobrinhos de oito anos.

Dirigido por Raja Gosnell, responsável por “Esqueceram de Mim 3” e “Scooby-Doo”, “Os Smurfs” não é uma adaptação fiel do clássico desenho belga, criado pelo ilustrador Peyo nos anos 50 e que virou sucesso mundial no início dos anos 80. Deixando claro que o público-alvo do filme não está na faixa etária de 25 a 35 anos, a produção mistura animação e live-action e tira as criaturinhas azuis da Floresta Encantada, e as traz para o mundo real, desembocando em plena Nova York e se aproximando de um universo já conhecido pelas crianças. Na trama, após o smurf Desastrado aprontar uma das suas, um portal liga os dois mundos e uma meia dúzia de bichinhos cai na cidade grande e passa a lutar pela sua volta para casa ao mesmo tempo em que foge do feiticeiro Gargamel (Hank Azaria), que perseguindo a turma liderada por Papai Smurf também acaba dando no nosso mundo. Nesse meio tempo, o publicitário Patrick (Neil Patrick Harris) auxilia a turma a voltar ao lugar de onde não deveria ter saído.